Com a apresentação do trabalho final já feita concluímos que a realização deste trabalho foi vantajosa para nós! Deu-nos mais conhecimento acerca da gaguez e assim pudemos transmiti-la à comunidade em geral através do blog e dos folhetos entregues na ação de sensibilização para a gaguez (na escola).
Para nós foi importante perceber como está o conhecimento geral da população em relação a esta perturbação da fluência. Assim concluímos que ainda há um longo caminho de sensibilização por a frente e cabe a nós, futuras Terapeutas da Fala esse papel importante de alertar a população.
Continuem a visualizar o nosso blog!
Obrigado!
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
sábado, 7 de dezembro de 2013
Resultados do questionário
Ao longo de 2 semanas divulgámos um questionário através das
redes sociais. Obtivemos um total de 19 participações (até à data do post).
Abaixo seguem os resultados:
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Participe no questionário!
É professor? Tem alunos dos 6 aos 12 anos? Quer contribuir para a nossa pesquisa? Tem conhecimentos sobre a gaguez? Ou é uma área que não domina?
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Como ficou a dúvida decidimos explorar mais um pouco
Qual o nível de conhecimento dos professores acerca da gaguez? Será que sabem mesmo as suas causas e tratamento? Como agir perante um aluno com esta disfluência?
Estas foram algumas das questões que nos ficaram na cabeça depois da nossa ação de sensibilização para o Dia da Gaguez. Dado isso decidimos elaborar um questionário, pelo fato de, na nossa atividade decorrida no
Dia Nacional para a Sensibilização da Gaguez não
ter correspondido ás nossas expetativas em relação à indiferença mostrada por o docente acerca da nossa ação e da problemática.
Elaboramos assim um questionário com 10 perguntas acerca da gaguez, para explorarmos o
conhecimento dos docentes (que lecionam ou lecionaram aulas a alunos com
idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos).
Em breve mostramos os resultados.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Sugestões para os pais
- Olhe para o seu filho enquanto ele fala consigo;
- Mostre interesse, valorizando o que ele tem para dizer e não só a forma como o faz;
- Não interrompa, nem complete as suas palavras e frases;
- Se a conversa se alongar, descontraia-se cada vez mais e tire prazer desses momentos de interação;
- Evite comentários como “tem calma e fala devagar”, “pensa antes de falar”, “espera até conseguires dizer”. Com estes pedidos estamos muitas vezes a tentar sugerir à criança uma forma mais fácil de falar. No entanto, o seu filho nem sempre é capaz de o fazer. Por outro lado, ele pode senti-los como uma crítica negativa à forma de falar;
- Dê modelos de fala ao invés de conselhos. Tente falar de forma lenta e descontraída. Leia para ele de uma forma relaxada;
- Controle as suas reações: expressões de desagrado ou preocupação; suspiros; movimentos dos dedos revelando stress, riso, etc. Procure agir do mesmo modo caso ele esteja a falar de forma fluente ou disfluente;
- Tenha tempo para que ocorra uma conversação tranquila. Separe ao menos quinze minutos do seu dia só para conversar com sua criança:
- Não o super proteja. Use a mesma disciplina como com qualquer outra criança;
- Promova a sua auto-confiança, reforçando-o por tudo aquilo que ele faz bem. Nas situações de fala reforce aquilo que ele diz e não a forma como o diz. A ausência de períodos disfluentes não deverá ser reforçada uma vez que estaremos a chamar a atenção para a mesma, criando-lhe mais responsabilidade em situações futuras de fala;
- Fale abertamente sobre a disfluência se ele assim o desejar, mas não faça disso um grande problema;
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Hoje celebra-se o Dia Nacional do Terapeuta da fala. Como
não podia deixar de ser, queremos felicitar todos os profissionais que realizam
não só trabalho na área da disfluência como em todas as áreas.
Mais que uma profissão. Uma missão!
Não deixem de consultar a Associação Portuguesa de
Terapeutas da Fala (http://www.aptf.org/)
terça-feira, 12 de novembro de 2013
SpeechEasy
Hoje a professora falou em aula no SpeechEasy e como ficámos com alguma curiosidade decidimos deixar aqui uma explicação do que é e da maneira como é utilizado.
O SpeechEasy é semelhante no aspecto a um aparelho auditivo. Contudo em vez de amplificar o som o SpeechEasy altera-o para que ouça a sua própria voz com um ligeiro atraso e uma frequência diferente.
Este atraso da voz e alteração de frequência é que permite recrear um fenómeno natural conhecido por “efeito de coro”. O efeito de coro ocorre permite que em alguns casos, a gaguez seja dramaticamente reduzida quando fala. Este efeito de coro está bem documentado há décadas e o SpeechEasy utiliza-o num pequeno aparelho que pode ser usado no dia-a-dia.
Efeito de Coro
Há vários anos que se sabe que quando uma pessoa que gagueja fala em simultâneo com outra pessoa, torna-se mais fluente. Este fenómeno é conhecido como “efeito coro”.
O Speecheasy cria a ilusão que está outra pessoa a falar ao mesmo tempo do utilizador. Este é o resultado da combinação entre o atraso no Feedback Auditivo (DAF) e alteração na frequência auditiva (FAF). É esta combinação que permite criar o chamado Feedback Auditivo Alterado (AAF). O cérebro interpreta o AAF como sendo outra pessoa a falar ao mesmo tempo que a pessoa que gagueja, criando assim o Efeito de Coro.
Através do efeito coro são activados processos cerebrais diferentes do discurso espontâneo, é por este motivo que o SpeechEasy é considerado um inibidor cerebral, pois “engana” o cérebro e activa áreas diferentes das normalmente utilizadas na produção da fala.
Quem pode ser um bom candidato para utilizar o SpeechEasy?
O SpeechEasy funciona com uma percentagem elevada de pessoas que gaguejam mas não com todas. Um estudo recente sugere que o SpeechEasy funciona com pessoas que apresentam uma assimetria do plano temporal esquerdo em relação ao direito. Contudo na prática não se realiza qualquer tipo de exame para medição dos planos temporais, mas sim um teste com aparelho. Se ocorrer melhoria significativa da gaguez, a pessoa é considerada uma boa candidata para a utilização do SpeechEasy.
Crianças
Depende muito das situações mas só é recomendada a utilização a partir dos 12 anos. Para ser um utilizador bem sucedido do Speecheasy, é necessário ter em consideração características como a maturidade, responsabilidade, motivação e terapia realizada anteriormente. Estas são condições avaliadas pelo Terapeuta da Fala sendo factor eliminatório no uso do SpeechEasy.
O papel do Terapeuta da Fala no processo
O Speecheasy não substitui o Terapeuta da Fala, é sim uma ferramenta que orientada pelo Terapeuta da Fala poderá ser poderosa e fazer a diferença na vida dos utilizadores.
O Terapeuta da Fala é o líder do processo, não só no que toca à avaliação e programação do SpeechEasy, mas também no fornecimento de técnicas e orientações adequadas e vitais para o tratamento da pessoa que gagueja, de forma a que esta possa tirar o máximo de benefício do seu SpeechEasy. O acompanhamento pelo Terapeuta da Fala é essencial para o sucesso do tratamento!
Para saber mais aceda ao link: http://www.speecheasy.pt/
Consultar também o link:http://terapiadagaguez.blogspot.pt
As causas da gaguez - A perspectiva de um psicólogo
A gaguez é um distúrbio da linguagem que afeta cerca de 1% das crianças. Normalmente, trata-se de uma situação transitória, embora haja casos em que esta defluência se torna permanente.
Psicóloga Adriana Campos
Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=ny3GLExDqcM
Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=ny3GLExDqcM
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Dia Internacional para a Consciencialização da Gaguez - 22 de Outubro
Para assinalar o dia internacional para a consciencialização da Gaguez fomos até ao Jardim Escola João de Deus falar para uma turma do 1º ano sobre o que é a gaguez! Para isso apresentamos a história do livro "Ernesto - o menino com gaguez em família" de Mónica Gaiolas. Após a leitura do livro os meninos e meninas do 1º ano já souberam dizer de um modo geral o que era ter gaguez.
Foi muito boa esta experiência e conseguimos transmitir o essencial para a idade em causa.
Por fim entregamos folhetos informativos para as crianças levarem para os pais e umas lembranças para os meninos/as.
Aqui ficam imagens do nosso trabalho.
Foi muito boa esta experiência e conseguimos transmitir o essencial para a idade em causa.
Por fim entregamos folhetos informativos para as crianças levarem para os pais e umas lembranças para os meninos/as.
Aqui ficam imagens do nosso trabalho.
22 de Outubro - Dia Internacional para a Consciencialização da Gaguez
Para assinalar o dia da gaguez a Rádio Renascença entrevistou a terapeuta Joana Rombert, que falou acerca desta perturbação, que afetará já cerca de 0,1% da população portuguesa.
Aqui fica a entrevista. Acedam ao link http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=31&did=126589 para ouvirem a Terapeuta a falar acerca da gaguez de desenvolvimento na criança.
"O desenvolvimento da fala numa criança passa por várias etapas, que devem ser respeitadas. “Cada criança tem o seu tempo” e esse tempo é alargado, afirma à Renascença a terapeuta Joana Rombert, no dia em que se assinala a Consciencialização para a Gaguez.
São várias as dificuldades que podem surgir no desenvolvimento da linguagem. Sobre a gaguez, existem muitos mitos e crenças. O importante é que, desde o início, os pais estejam atentos, considera a especialista.
Conheça quatro regras de ouro para que o seu filho desenvolva uma boa oralidade e uma escrita correcta.
1. O conteúdo é mais importante do que a forma. A criança vai sentir-se mais motivada para comunicar se for compreendida, mesmo que utilize gestos ou gagueje. Olhe para ela e mostre que compreende o que está a dizer.
2. Respeite a personalidade da criança. Que tipo de jogos gosta de fazer, se gosta de jogos em grupo ou sozinho, se é mais virado para fora ou para dentro. Respeite a forma como vai progredindo na sua linguagem. Se o seu filho é muito silencioso, não insista que seja muito falador.
3. Alimentação com todas as consistências. Quando falamos em alimentação também falamos em comunicação. Até a criança comer sozinha, temos sempre o pai ou a mãe que dão e é mais uma altura de, no seu dia-a-dia, a criança comunicar com outra pessoa. Além disso, evite passar sempre a sopa. É importante que a criança mastigue para desenvolver os músculos e as funcionalidades que a vão ajudar na linguagem.
4. Fale com a criança com uma linguagem de nível mais elevado, sobretudo a partir dos três anos, e explique-lhe as coisas. Isto dá-lhe bom vocabulário. Por exemplo, há vários tipos de pão: vianinha, carcaça... Quando a vai buscar à escola, fale com ela durante o trajecto sobre o que vai vendo. Quanto mais natural for a comunicação, melhor para o seu desenvolvimento e fundamental para a aprendizagem da leitura e da escrita.
1. O conteúdo é mais importante do que a forma. A criança vai sentir-se mais motivada para comunicar se for compreendida, mesmo que utilize gestos ou gagueje. Olhe para ela e mostre que compreende o que está a dizer.
2. Respeite a personalidade da criança. Que tipo de jogos gosta de fazer, se gosta de jogos em grupo ou sozinho, se é mais virado para fora ou para dentro. Respeite a forma como vai progredindo na sua linguagem. Se o seu filho é muito silencioso, não insista que seja muito falador.
3. Alimentação com todas as consistências. Quando falamos em alimentação também falamos em comunicação. Até a criança comer sozinha, temos sempre o pai ou a mãe que dão e é mais uma altura de, no seu dia-a-dia, a criança comunicar com outra pessoa. Além disso, evite passar sempre a sopa. É importante que a criança mastigue para desenvolver os músculos e as funcionalidades que a vão ajudar na linguagem.
4. Fale com a criança com uma linguagem de nível mais elevado, sobretudo a partir dos três anos, e explique-lhe as coisas. Isto dá-lhe bom vocabulário. Por exemplo, há vários tipos de pão: vianinha, carcaça... Quando a vai buscar à escola, fale com ela durante o trajecto sobre o que vai vendo. Quanto mais natural for a comunicação, melhor para o seu desenvolvimento e fundamental para a aprendizagem da leitura e da escrita.
Estratégias para ultrapassar a gaguez No seu livro “O Gato Comeu-te a Língua”, Joana Rombert aborda o tema da gaguez para desfazer mitos e dar conselhos. Um dos mais importantes é o tempo que os pais dedicam à comunicação com a criança. Quantas vezes não lhe acontece o seu filho estar a querer contar-lhe algo e não lhe dar qualquer atenção devido à preocupação com o jantar ou o banho?
Parar, olhar para a criança e ouvi-la é o primeiro passo para que ela se sinta à vontade para comunicar. Não a interrompa, mesmo que ela se atrapalhar no discurso e tenha hesitações. É normal "por volta das três ou quatro anos, quando a criança já tem muito vocabulário e procura a palavra e frase correcta”. Esta fase não deve persistir mais do que seis meses consecutivos.
A atitude dos pais perante as dificuldades faz diferença. “Pais dominadores, super protectores, com grandes expectativas, perfecionistas e com sentimentos de rejeição em relação àquele filho que gagueja” podem agravar a situação, alerta a terapeuta no livro.
Da mesma maneira, falar “à bebé” não ajuda. “Há uma altura que é de mímica e os pais falam um bocadinho ‘à bebé’, mas o ideal é que rapidamente usem as palavras correctas e digam ‘carro’ sem passar pelo ‘popó’”, refere.
Falar com muitos diminutivos, “a colherinha, a sopinha, o pratinho”, “faz com que a criança diga tudo em ‘inho’ e até é mais difícil. Às vezes, os pais pensam que até estão a brincar ou a ajudar as crianças, mas estão a complicar.”
O ambiente em que a criança cresce influencia a sua maneira de comunicar. Se, por exemplo, houver um ambiente comunicativo em casa, e se a criança compreender o que lhe dizem, o mais natural é que se torne também uma boa comunicadora.
A importância dos alimentos “Desde pequeninos começamos por mamar, temos a primeira função da boca que é a sucção. Depois, começamos a comer à colher – fechamos a boca e retiramos a comida da colher – e depois mastigamos. Só depois é que vem a fala, por volta dos dois anos”, descreve a terapeuta, para chamar a atenção para alguns sinais de alerta.
“A forma como o bebé mama, como come a papa e mastiga vai-nos dizer como se vai desenvolver a sua fala. Se essas funções correm bem, não tem porque não ter uma boa fala. Se, por exemplo, tivermos uma criança com dificuldade em fechar a boca para comer a papa, em juntar os lábios, terá dificuldade em fazer os sons que a isso obrigam”, exemplifica.
Também muito importante é a introdução dos sólidos na alimentação diária. As sopas cremosas são muito boas, mas “a criança precisa sentir que a sopa tem grão e que legumes está a comer”.
“Mastigar alimentos duros faz com que tenhamos mais força nas nossas bochechas, na nossa língua, nos nossos lábios e ter uma fala mais precisa”, explica a terapeuta.
Crianças bilingues têm sempre uma língua principal As crianças que são sujeitas à aprendizagem de duas ou mais línguas desde o início “não têm de ter um atraso na linguagem”.
“Há um grande mito à volta disso”, sublinha Joana Rombert na sua entrevista à Renascença.
“O que pode acontecer é que estas crianças tenham mais períodos de silêncio, em que reflectem mais sobre o que estão a ouvir. Estão a aprender a linguagem de forma mais silenciosa, para a compreenderem e separarem depois as línguas”, explica.
A terapeuta considera positivo “a criança, numa frase, misturar duas línguas – é sinal de que está a reflectir sobre isso e tem as duas línguas na sua cabeça”. Mas “há sempre uma língua que é predominante e é a materna”.
Joana Rombert sugere jogos, como: “disseste agora esta palavra em português, como é em inglês?” ou “hoje, vamos fazer um jogo só na língua da mãe”.
No livro “O Gato Comeu-te a Língua”, editado por A Esfera dos Livros, a terapeuta deixa várias dicas aos pais e evidencia sinais de alerta. No final da semana, no âmbito do Dia Internacional da Consciencialização para a Gaguez, a Associação Portuguesa de Gagos (APG) vai realizar as VII Jornadas sobre Gaguez, no Instituto Politécnico de Setúbal, nas quais um dos temas em debate é a terapia."
Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=31&did=126589
Parar, olhar para a criança e ouvi-la é o primeiro passo para que ela se sinta à vontade para comunicar. Não a interrompa, mesmo que ela se atrapalhar no discurso e tenha hesitações. É normal "por volta das três ou quatro anos, quando a criança já tem muito vocabulário e procura a palavra e frase correcta”. Esta fase não deve persistir mais do que seis meses consecutivos.
A atitude dos pais perante as dificuldades faz diferença. “Pais dominadores, super protectores, com grandes expectativas, perfecionistas e com sentimentos de rejeição em relação àquele filho que gagueja” podem agravar a situação, alerta a terapeuta no livro.
Da mesma maneira, falar “à bebé” não ajuda. “Há uma altura que é de mímica e os pais falam um bocadinho ‘à bebé’, mas o ideal é que rapidamente usem as palavras correctas e digam ‘carro’ sem passar pelo ‘popó’”, refere.
Falar com muitos diminutivos, “a colherinha, a sopinha, o pratinho”, “faz com que a criança diga tudo em ‘inho’ e até é mais difícil. Às vezes, os pais pensam que até estão a brincar ou a ajudar as crianças, mas estão a complicar.”
O ambiente em que a criança cresce influencia a sua maneira de comunicar. Se, por exemplo, houver um ambiente comunicativo em casa, e se a criança compreender o que lhe dizem, o mais natural é que se torne também uma boa comunicadora.
A importância dos alimentos “Desde pequeninos começamos por mamar, temos a primeira função da boca que é a sucção. Depois, começamos a comer à colher – fechamos a boca e retiramos a comida da colher – e depois mastigamos. Só depois é que vem a fala, por volta dos dois anos”, descreve a terapeuta, para chamar a atenção para alguns sinais de alerta.
“A forma como o bebé mama, como come a papa e mastiga vai-nos dizer como se vai desenvolver a sua fala. Se essas funções correm bem, não tem porque não ter uma boa fala. Se, por exemplo, tivermos uma criança com dificuldade em fechar a boca para comer a papa, em juntar os lábios, terá dificuldade em fazer os sons que a isso obrigam”, exemplifica.
Também muito importante é a introdução dos sólidos na alimentação diária. As sopas cremosas são muito boas, mas “a criança precisa sentir que a sopa tem grão e que legumes está a comer”.
“Mastigar alimentos duros faz com que tenhamos mais força nas nossas bochechas, na nossa língua, nos nossos lábios e ter uma fala mais precisa”, explica a terapeuta.
Crianças bilingues têm sempre uma língua principal As crianças que são sujeitas à aprendizagem de duas ou mais línguas desde o início “não têm de ter um atraso na linguagem”.
“Há um grande mito à volta disso”, sublinha Joana Rombert na sua entrevista à Renascença.
“O que pode acontecer é que estas crianças tenham mais períodos de silêncio, em que reflectem mais sobre o que estão a ouvir. Estão a aprender a linguagem de forma mais silenciosa, para a compreenderem e separarem depois as línguas”, explica.
A terapeuta considera positivo “a criança, numa frase, misturar duas línguas – é sinal de que está a reflectir sobre isso e tem as duas línguas na sua cabeça”. Mas “há sempre uma língua que é predominante e é a materna”.
Joana Rombert sugere jogos, como: “disseste agora esta palavra em português, como é em inglês?” ou “hoje, vamos fazer um jogo só na língua da mãe”.
No livro “O Gato Comeu-te a Língua”, editado por A Esfera dos Livros, a terapeuta deixa várias dicas aos pais e evidencia sinais de alerta. No final da semana, no âmbito do Dia Internacional da Consciencialização para a Gaguez, a Associação Portuguesa de Gagos (APG) vai realizar as VII Jornadas sobre Gaguez, no Instituto Politécnico de Setúbal, nas quais um dos temas em debate é a terapia."
Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=31&did=126589
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Preparativos para o Dia Internacional da Consciencialização para a Gaguez
Amanha voltamos com mais novidades no nosso blog, pois vamos ao Jardim Escola de Faro falar com uma turma do 1º ano sobre "O que é a gaguez". Para isso vamos contar a história do Ernesto - O menino com gaguez em familia =). Esperemos que os meninos e meninas gostem da história e aprendam o que é a gaguez.
O que é a APG?
APG ou Associação Portuguesa de Gagos foi fundada em Agosto de 2005. É uma associação de âmbito nacional com sede na freguesia de Alqueidão no concelho da Figueira da Foz. E desde 2011 que é membro da European League of Stuttering Associations (http://www.stuttering.ws/).
Os seus principais objectivos da APG são:
- A representação e defesa dos direitos das pessoas com gaguez, bem como o apoio e divulgação de medidas preventivas e terapêuticas;
- A criação de um espaço de partilha de vivências para pessoas que sentem e vivem a gaguez no dia-a-dia;
- Sensibilização da sociedade civil em geral e dos poderes públicos em particular para a necessidade de medidas de apoio às pessoas com gaguez;
- Contribuição para tornar a gaguez mais reconhecida socialmente, mais investigada clinicamente e mais ajudada institucionalmente.
A APG tem por finalidade a "representação e defesa dos direitos e interesses das pessoas que gaguejam, bem como o apoio e divulgação de medidas preventivas e terapêuticas, prosseguindo prioritariamente objectivos de natureza social, cultural e reivindicativa conducentes à promoção e integração na sociedade."
A pessoa que gagueja tem direito a:
Gaguejar ou ser fluente na medida em que possa optar por isso;
Comunicar independentemente do seu grau de gaguez;
Ser tratada com dignidade e respeito por indivíduos, grupos ,empresas, agências governamentais, organizações, artes e meios de comunicação social;
Ter informação publicamente disponível e de boa qualidade acerca da gaguez;
Protecção legal igual independentemente do seu grau de gaguez;
Ser informado totalmente acerca de programas de terapia, incluindo as possibilidades de falha e sucesso bem como de reaparecimento da dificuldade;
Receber terapia apropriada em função das suas necessidades características e preocupações únicas, por profissionais treinados para intervir na área da gaguez e problemas com ela relacionados;
Escolher e participar ou não na terapia e mudar de terapeuta ou programa de intervenção sem qualquer prejuízo ou penalização.
A pessoa que gagueja é responsável por:
Compreender que quem a ouve ou com quem fala pode não ter informação acerca de gaguez e suas consequências ou pode ter uma visão diferente da sua relativa à gaguez;
Informar os ouvintes ou parceiros de conversa de que pode precisar de mais tempo para comunicar;
Participar na terapia se for essa a sua opção e se assim for deverá fazê-lo de forma aberta, activa e colaborativa;
Fazer alguma coisa para controlar as desvantagens que ocorrem devido à gaguez incluindo o desenvolvimento da valorização realista das suas capacidades e dificuldades e talvez desenvolver um humor saudável acerca de si próprio;
Encarar outros com problemas incapacidades ou desvantagens com igualdade, dignidade e respeito atendendo à natureza das suas condições;
Estar consciente de que tem a obrigação de promover o aumento de consciência dos outros relativamente à gaguez e suas consequências.
Fonte:http://www.gaguez-apg.com/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
Como detetar, na sala de aula, um aluno com gaguez?
Durante o 1ºciclo, como a criança tem sempre o mesmo professor é mais fácil o professor tentar perceber se alguma criança tem mais dificuldade na fluência do que as outras.
Para isso Há que ter em conta alguns fatores, como:
- Se o aluno não for participativo, e quando o professor lhe solicita para ele responder, ele diz que não sabe a resposta, mas depois tira boas notas nos testes;
- Passa as aulas calado sem fazer comentários, nem com os colegas do lado;
- Toca para o recreio, e ele sai da sala sozinho;
- Não se dirige aos professores e nunca tira dúvidas num exercício difícil, mesmo que não o consiga resolver.
Através destes fatores é possível o professor desconfiar de que algo não está bem com aquele aluno. Posto isto o professor deve encaminhar o aluno para o terapeuta da fala, para este avaliar e criar (em conjunto com o aluno) estratégias para que este não sinta tantas dificuldades em se expressar e não se sinta frustrado com isso.
A gaguez em contexto escolar
Com o inicio de uma nova etapa, como a entrada para o 1º ciclo a criança vê as suas rotinas alteradas, e é obrigada a crescer mais depressa, a ser mais responsável e a dar mais atenção ao que lhe é explicado.
Há inúmeras alterações na vida da criança, como a mudança de professor, de colegas, entre outras que não são fáceis para todas as crianças de maneira igual. Pois à crianças que tem mais resistência à mudança do que outras.
Durante o 1º ciclo, entre os 5/6 e os 10 ou 11 anos, a criança desenvolve uma maior consciência de si e do outro. Alarga a sua visão do mundo e começa a desenvolver o ser pensamento e raciocínio. Começa agora a realizar operações mentais mais complexas e a expressar qualidades e sentimentos através das palavras.
Inicia também uma consciência em si, a comparação com os seus pares, procurando diferenças e semelhanças.
A partir do 1º ciclo e durante toda a vida escolar, a criança depara-se com uma série de entraves comunicativos e relacionais dos quais é difícil para quem fala fluentemente ter, a priori, consciência. A gaguez não está diretamente relacionada com a inteligência, contudo, temos de ter em conta que as crianças com gaguez poderão não ser capazes de transmitir o que sabem ou revelar as suas opiniões, devido à dificuldade de falar fluentemente.
Várias experiências rotineiras de contexto escolar são experienciadas de forma desagradável e causam danos emocionais e psíquicos.
Como por exemplo:
- Fazer uma apresentação à turma;
- Apresentar-se à turma no primeiro dia de aulas;~
- Fazer amizades no intervalo;
- Falar em grupo e acompanhar a velocidade de fala dos colegas (aliado às interrupções constantes que existem quando não há regras comunicativas bem definidas)
- Falar com os professores;
- Fazer pedidos no bar da escola, com a fila normal de gente para atender;
- Iniciar relacionamentos amorosos;
- Escolher uma profissão em que a fala não seja requisito principal;
Fonte: Livro "Gaguez da infância à adolescência" de Mónica Gaiolas.
Há inúmeras alterações na vida da criança, como a mudança de professor, de colegas, entre outras que não são fáceis para todas as crianças de maneira igual. Pois à crianças que tem mais resistência à mudança do que outras.
Durante o 1º ciclo, entre os 5/6 e os 10 ou 11 anos, a criança desenvolve uma maior consciência de si e do outro. Alarga a sua visão do mundo e começa a desenvolver o ser pensamento e raciocínio. Começa agora a realizar operações mentais mais complexas e a expressar qualidades e sentimentos através das palavras.
Inicia também uma consciência em si, a comparação com os seus pares, procurando diferenças e semelhanças.
A partir do 1º ciclo e durante toda a vida escolar, a criança depara-se com uma série de entraves comunicativos e relacionais dos quais é difícil para quem fala fluentemente ter, a priori, consciência. A gaguez não está diretamente relacionada com a inteligência, contudo, temos de ter em conta que as crianças com gaguez poderão não ser capazes de transmitir o que sabem ou revelar as suas opiniões, devido à dificuldade de falar fluentemente.
Várias experiências rotineiras de contexto escolar são experienciadas de forma desagradável e causam danos emocionais e psíquicos.
Como por exemplo:
- Fazer uma apresentação à turma;
- Apresentar-se à turma no primeiro dia de aulas;~
- Fazer amizades no intervalo;
- Falar em grupo e acompanhar a velocidade de fala dos colegas (aliado às interrupções constantes que existem quando não há regras comunicativas bem definidas)
- Falar com os professores;
- Fazer pedidos no bar da escola, com a fila normal de gente para atender;
- Iniciar relacionamentos amorosos;
- Escolher uma profissão em que a fala não seja requisito principal;
Fonte: Livro "Gaguez da infância à adolescência" de Mónica Gaiolas.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Como detetar a gaguez?

- Fluência de fala refere-se ao fluxo contínuo e suave da produção da fala
- Disfluência é qualquer rompimento no fluxo de fala, comum a todos os falantes, que ocorre quando a integração entre os sistemas cerebrais não é sincronizada.
- Gaguez é a disfluência que não permite a pronta recuperação do equilíbrio dos sistemas cerebrais, devido a várias causas, dentre elas, a influência de fatores genéticos, biológicos e socio ambientais
A quebra da fluência é algo habitual na fala
das crianças em idade de estruturação da linguagem, o que contribui para
confirmar o termo “disfluência comum”, e que difere em vários aspectos quando
comparadas com as consideradas com gaguez.
Durante a fase de aquisição e desenvolvimento
da linguagem ocorre variação no grau da fluência, provenientes das incertezas
morfo-sintático-semânticas e do amadurecimento neuromotor para os atos da fala.
A gaguez que ocorre durante a fase de aquisição e
desenvolvimento da linguagem, chamada de gaguez do
desenvolvimento, pode ocorrer até os 12 anos de idade. Esta caracteriza-se como
uma desordem crónica, mesmo que possa apresentar períodos de fluência de fala, impedindo a produção da fala contínua, suave e sem
esforço, em alguns momentos.
Tipos de disfluências normais:
- Repetições (Posso...posso brincar? Eu... Eu... quero o carro)
- Reformulações do discurso (Posso ir... o Pedro vai ao parque... podemos ir?)
- Silêncios curtos entre as palavras (Aquele cão é...estranho)
- Prolongamentos curtos de sons ( ooo primeiro sou eu!)
- Interjeições (Espera, aaa, vou contigo)
Os mitos sobre a gaguez
MITOS
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EXPLICAÇÃO
|
Com força de vontade, a pessoa consegue falar sem
gaguejar.
|
A
pessoa que gagueja não consegue controlar a sua fala. A força de vontade pode
ser uma grande aliada na superação da patologia facilitando a adesão aos
tratamentos específicos.
|
Um susto pode curar a gaguez
|
O
susto não tem capacidade de alterar a genética ou de mudar a estrutura e
funcionamento do cérebro das pessoas que gaguejam.
|
Obrigar a criança a ler em voz alta faz com que esta
perca a timidez e o medo de falar
|
Obrigar
a criança a ler em voz alta na sala de aula só vai contribuir para piorar o
problema. O medo e a timidez podem ser consequências da gaguez, porque a
criança sabe que vai gaguejar ao ler ou falar.
|
Dizer à criança para respirar fundo e falar devagar
|
Dizer
isto vai fazer com que a criança fique mais preocupada com o distúrbio e
consequentemente piorar a gaguez.
O
interlocutor não deve terminar as frases e esperar que a pessoa com gaguez
termine a sua frase e respeitar o tempo e a forma de falar do outro.
|
Se a criança começou a gaguejar, é só esperar que
passe e não alarmar para que esta não se aperceba nem tome consciência do problema
|
É
fundamental realizar uma avaliação na terapia da fala de modo, a saber, qual
o nível de evolução. Uma intervenção precoce adequada é a melhor forma de
diminuir o impacto negativo que a gaguez poderá trazer à criança e à família.
|
O nervosismo, a ansiedade, a insegurança, timidez e
a baixa autoestima causam gaguez
|
Os
fatores psicológicos não são a causa da gaguez. Algumas crianças podem
apresentar as características acima referidas, no entanto estas são
consequências de vivências comunicativas que levam à frustração relacionada
com a gaguez, mas não causas da gaguez.
|
Os pais de crianças gagas são os principais
responsáveis pelo distúrbio do filho
|
Os
pais não são responsáveis pela gaguez do filho. No entanto, determinadas
atitudes podem piorar o distúrbio: dizer à criança para não gaguejar, por
exemplo. E extremamente importante que pais adotem estratégias e atitudes que
promovam a fluência.
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A criança começa a gaguejar após o nascimento do
irmão
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A relação entre o inicio da gaguez e o nascimento
do irmão mais novo, não passa de mero acaso. O intervalo de 2/3 anos entre o
nascimento de dois irmãos é a chave da explicação. A gaguez tem início nesse
período pela razão de uma fase natural do desenvolvimento das estruturas
cerebrais responsáveis pela automatização da fala.
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A criança gagueja para chamar a atenção dos pais
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A
gaguez não é um ato voluntário, logo a criança não o faz porque quer ou para
chamar a atenção.
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As pessoas com gaguez são menos inteligentes e mal
educadas
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Não há
causa de relação entre inteligência e gaguez. Algumas crianças optam por
expressar menos opiniões oralmente, isso pode induzir ao interlocutor que a
pessoa é menos inteligente.
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As pessoas que gaguejam nunca o fazem enquanto
cantam ou quando representam uma personagem no teatro
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A
explicação da ausência de gaguez no canto ou na representação de uma
personagem está em como o cérebro processa essas formas de expressão verbal
(sistema pré-motor lateral). Quando a gaguez ocorre nas situações referidas,
significa que o processamento não foi transferido para o sistema pre motor ou
porque existe algum comprometimento nessa zona.
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